Páginas

domingo, 29 de junho de 2014

Aprender a cantar

O Murilo falou assim para o Jair: "-Pai, você precisa estudar mais pra aprender a desenhar, a pintar, a cantar musiquinha pra gente.

Pai, quem que fez Jesus?

Murilo (4 anos e 7 meses) falando com o Jair enquanto eu dormia: "- Pai, quem que fez Jesus? Acho que foi Deus, né pai? Amanhã vou pedir pra mãe ver na internet."

Isadora 1 ano e 8 meses


A Isadora está cada vez mais falante. Já fala de tudo... mas só nós de casa que entendemos. 
Ela está com 1 ano e 8 meses e já fez uns 3 meses que aprendeu a contar de 1 a 10.
Gosta de cantar ''Atirei o pau no gato'', ''Boi da cara preta'', ''Borboletinha'', ''A dona aranha''... é uma graça, um encanto de bebê.


Laura vaidosa


Toda hora a Laura (3 anos e 5 meses) quer trocar de roupa. Agora deu de mexer nas minhas coisas também... Eu não aguento mais falar pra Laura não trocar de roupa toda hora, e ela sempre tem um argumento na ponta da língua para nos convencer a deixá-la trocar de roupa.
É vaidosa demais. Faz umas combinações esdrúxulas, não aceita as roupas que escolhemos pra ela, dá um trabaaaaalho vesti-lá, mas fazer o que né!? 

O Jair diz que é porque ela puxou pra mim, que antes de sair de casa troco ''dez'' vezes de roupa. rssss

Pai você já viu Jesus?

Murilo falando:
"- Pai você já viu Jesus? Ele é invisível? Mas ele tem braço, tem cabeça, te mão, tem perna, tem tudo?"
Jair: "-Tem sim filho"
Ele: "- Então como é que ele é invisível?"

Pai quem que fez Jesus?

Murilo falando com o Jair enquanto eu dormia: "- Pai quem que fez Jesus? Acho que foi Deus, né pai? Amanhã vou pedir pra mãe ver na internet."

Você tem que estudar mais pai.


O Murilo é um questionador nato, fica o tempo todo falando e perguntando. Ontem ele estava fazendo perguntas para o Jair, que estava ocupado e não deu muita atenção pra ele respondendo: "Não sei filho". O Murilo então falou: 
"- Você tem que estudar mais pai, pra saber responder o que eu pergunto"

Hahahahahaha eu ri.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Ai que nojo, quédo

Falei assim pra Isadora (1 ano e 8 meses) que ainda mama bastante:
- Vem mamar pra mimi vem... 
E ela me respondeu olhando para o meu peito: ''- Ai que nojo, quédo''

hahahahahahaha

terça-feira, 10 de junho de 2014

Um dia pra esquecer!

Como em todos os últimos anos, nos dias 08, 09 e 10 de junho vamos para a tradicional Festa de São Lázaro, mais conhecida como Festa do Muquém, em Carvalhos/MG.
1989 - Tinha 6 aninhos de idade na primeira vez fui com a minha família (pai, mãe, Ju e Eder). Fomos de ônibus de linha.
1990 - Minha mãe estava internada e fui por acaso, com a minha tia Dorinha, meu tio Amadeu, minha prima Simone (todos já falecidos) e com a Camila, que na época tinha um aninho de vida.
1991 - Não fui
1992 - Meu pai organizou a primeira excursão familiar para a festa e fui de novo.
1993 - Não fui.
1994 - Meu primo Amadeuzinho (já falecido) organizou outra excursão e fui de novo
1995 - Outra excursão do Amadeuzinho que fui.
1996 - Não fui.
1997 - Não fui
1998 - Fui de carona nem lembro com quem
1999 - O Zil (o Padre Alessandro Campos) organizou uma excursão familiar e fui também.
2000 - Outra excursão do Zil e mais uma vez lá estava eu.
2001 - Não fui por causa de provas na escola.
2002 - Fui de carona com o Neném e a Marlene, a Ju foi também.
2003 - Comecei a namorar o Jair e como ele não quis ir, fiquei e o avisei que no próximo ano ele teria que ir
2004 - Fui com o Jair no meu primeiro carro, o Vectra (que logo, passou a ser nosso carro). Levamos a Paula de carona.
2005 - O Jair amou a festa e disse que não iria mais perdê-la. Fomos outra vez de carro.
2006 - O Jair e eu fomos de van com a família
2007 - O Jair e eu fomos com a nossa antiga Parati e levamos o Gabriel, a Jô e o Eder
2008 - O Jair e eu fomos com a Parati e levamos a Ju, o Eder e o meu pai.
2009 - Grávida de 4 meses do Murilo, o Jair e eu fomos de carona com o Fer. O Eder e o André foram também
2010 - Grávida de 2 meses da Laura, o Jair e eu fomos na nossa antiga caminhonete Dakota junto com o Murilinho que tinha 7 meses.
2011 - O Jair e eu fomos no nosso antigo Gol com o Murilinho e a Laurinha que tinha 5 meses
2012 - Grávida de 5 meses da Isadora, o Jair e eu fomos na Zafira com o Murilo, a Laura e o Pedro Henrique
2013 - O Jair, o Murilo, a Laura, a Isadora e eu fomos de ônibus na excursão organizada pelo Norberto.
2014 - Quase fomos.


Esse ano tínhamos programado de irmos no dia 07/06 (sábado), porém, a Festa Junina das crianças caiu no mesmo dia... E depois, foi antecipada para o dia 06/06... até aí, já tínhamos feito o plano de irmos no dia 08/06 (domingo) acompanhando outro parente: o Neném; que levaria a Ju, meu pai e a Rafa... No nosso carro (Zafira) iria o Jair, minha mãe Vera, o Gui, o Murilo, a Laura, a Isadora e eu.
Porém, no sábado os imprevistos começaram a acontecer: dinheiro que era pra entrar e não entrou, clientes que iam pagar e não pagaram, pagamento em cartão ao invés de dinheiro, enfim, já tínhamos comprado roupas, calçados, produtos de higiene pessoal, maquiagens, luvas, etc... tudo para o frio intenso do Muquém, que nas madrugadas beira os 2°... Só faltava arrumar as malas, mas, como os planos não saíram como o previsto, decidimos alterar a nossa saída para segunda-feira, assim, que tivéssemos mais dinheiro em espécie e não em cartão, porque ''praquelas'' bandas de Minas mal tem caixa eletrônico... Com a mudança da data, o Gui quis ir com a Ju no domingo e a Rafa ficou no lugar dele.

A Roberta filha do Jair, depois de meses decidiu aparecer nesse fim de semana. O Jair aproveitou que adiamos a viagem e no domingo pela primeira vez, reuniu todos os filhos e o netinho... Fiquei com a minha mãe, já que quando cheguei na casa dela a Rafa tinha saído com a Barbara e o Eder. Depois a Rafa chegou e fomos na sorveteria.

Segunda-feira, às 13h, pela primeira vez as crianças ficaram na casa da vó Teresa, já que as irmãs Larissa e Roberta ainda estavam lá. Minha mãe e eu fomos para o Plaza e fizemos as unhas. O dinheiro entrou no banco, fechamos a loja, comemos um lanche e fomos buscar as crianças para viajarmos. Isso já era mais ou menos, 15h. Passamos em casa para pegar as malas, eu deixei a bolsa em cima do armário da cozinha para ajudar o Jair a colocar as bagagens no carro, e enquanto isso, a Rafa tomava um banho em casa. Minha mãe não percebeu, então, a Laura e a Isadora destruíram com as mãos um batom vermelhão que eu tinha. Imagina só o estrago!? Tinha batom até nos cabelos. Troquei a roupa da Isa e lavei as mãos, rosto e cabelos delas.

Paramos na farmácia, voltamos na casa da minha mãe porque ela esqueceu um remédio e um chinelo, passa aqui, para ali, abastece aqui, lembra de outra coisa aqui, e então, às 17:30h saímos de Mogi.

A Zafira estava ''puxando'' bem e estava tudo tranquilo, até que em Guaratinguetá o Jair percebeu que a água estava abaixo do nível. Completada a água, seguimos a viagem normalmente. Em Cruzeiro/SP paramos no posto Sete Estrelas e completamos o tanque de gasolina. Murilo, Laura, Isadora e Rafaela acordaram... E continuamos a viagem.

Na subida da serra, o carro começou a esquentar e não tínhamos se quer onde parar... Subimos bem devagar e quando chegou na Santa (imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fica no alto da serra, bem na divisa de Minas com São Paulo, ponto de parada de turistas para rezar e tirar fotos da belíssima paisagem durante o dia) o carro chegou a 100° e desligou em frente a imagem da Santa. Isso era quase 21h.

Uma escuridão, um frio cortante e uma neblina intensa completavam a cena. As crianças com fome e impacientes... mas não era fome de bolacha, frutinhas, elas queriam jantar. A bateria do celular do Jair tinha acabado, porque ele se esqueceu de carregá-la e o pouco que tinha o Murilo gastou jogando... Meu celular tinha 15% de carga, mas não tinha sinal da Vivo naquele local. A impaciência das crianças minha mãe apaziguou oferecendo um suquinho de caixinha, desses com canudinho... só tinham 3, porque a Rafa já tinha tomado um antes... minha mãe ficou dividindo as três caixinhas com a Isadora...

O carro não ligava, só acendia o painel. O Jair constatou que o motor tinha fundido. Longe de casa, longe de tudo, frio, escuridão, crianças choramingando, arrependimento de ter ido à noite, as palavras do meu pai Gésio ecoando na minha cabeça (''Bobagem viajar à noite, com criança ainda, piorou. Acontece alguma coisa com o carro não tem ninguém pra socorrer''). Nos restava esperar. Silêncio no carro.

Minha mãe saiu do carro e foi rezar ao pé da Santa. De dentro do carro, fiz uma oração mentalmente pedindo para Nossa Senhora Aparecida não nos desamparar naquele momento, para proteger minha família e eu.

Nesse momento, apareceu um carro com dois homens. Falei para o Jair pedir ajuda pra eles. O motorista era um senhor de meia idade, de cabelos grisalhos, chamado Marcelo. Ele mora em Cruzeiro e tem uma ''chacrinha'' (chácara) como ele disse, em Passa Quatro. Ele estava ouvindo a rádio Aparecida e disse que não costuma parar na Santa, e que só turistas fazem isso e durante o dia, mas que naquele momento sentiu vontade de parar para fazer uma oração ao pé da imagem.

O tal Marcelo foi até a Zafira, olhou o motor e falou para o Jair que era melhor deixar o carro esfriar e colocar uns dois litros de óleo no motor. O Jair perguntou onde ele compraria óleo àquela hora, naquele lugar e ele falou que o levaria até o posto de gasolina mais próximo. E eles foram. O acompanhante dele ficou em frente a imagem da Santa para não nos deixar sozinhas naquele lugar.

Enquanto o Jair foi atrás de óleo, aguardamos por cerca de uma hora dentro do carro. Liguei o GPS no acendedor de cigarros do painel e consegui sinal da TV Aparecida e fiquei assistindo o programa 100% Caipira. Mas, não podia virar de lado que o sinal desaparecia. As crianças se aquietaram, ainda, entretidas com a caixinha vazia e o canudinho do suquinho.

Quando eles chegaram com o óleo, o motor já estava frio. Colocada a água e o óleo o carro funcionou. Agradecemos o ''anjo da guarda'' que nos socorreu e seguimos até o posto Pachecão, bem na divisa dos Estados, na cidade de Passa Quatro/MG.  Enchemos algumas garrafas pets com água, comprei biscoitos e salgadinhos para as crianças. Lá, um outro ''anjo da guarda'' apareceu: um mecânico que estava passando por lá, olhou o motor e nos aconselhou a não prosseguir viagem, dizendo que as peças para o sistema de arrefecimento do carro só encontraríamos no Estado de SP, que naquela região Sul de Minas dificilmente encontraríamos. Disse também que era melhor não tamparmos o reservatório de água do carro, para não estourar a mangueira.

O carro estava com um barulho estranho e uma fumaceira saía do escapamento, fora o cheiro de monóxido de carbono no ar. Pegamos a estrada sentido Sul de Minas e naquele momento, decidimos se era melhor desistir ou continuar a viagem. Usamos o bom senso, analisamos os prós e os contras e em comum acordo com a minha mãe pegamos o caminho de volta para Mogi das Cruzes. As crianças ficaram chateadas e ameaçaram chorar. Explicamos pra elas o que estava acontecendo, prometi que as levaria em qualquer lugar que elas quisessem, e então, se conformaram e não reclamaram mais.

Na descida da serra, obviamente, a temperatura do motor caiu e o ''carro morria'' a toda hora. Nossa intenção era chegar até a Rodovia Presidente Dutra e lá pedir socorro, já que não tinha sinal de celular. Há 6 quilômetros da Dutra, ainda em Cruzeiro, no meio da estrada o carro esquentou demais e tivemos que colocar mais água. O carro morreu e não ligava mais. O Murilo ouvindo a nossa conversa, perguntou: ''- Mãe, o carro morreu de verdade?'' - crianças e sua ingenuidade. Esperamos cerca de uns 50 minutos o motor esfriar e mesmo assim o carro não ligava. As crianças estavam impacientes e com medo do escuro. Havia um leve declive, mas insuficiente para o carro pegar no tranco, minha mãe e eu tivemos que empurrar, já que esse tipo de esforço acaba com o Jair que tem falta de ar. Empurramos, o carro funcionou, coloquei água no motor e o Jair ficou acelerando para o carro não morrer de novo. Deu certo e conseguimos chegar até a Dutra.

Na Dutra, o carro esquentou outra vez, e fizemos o mesmo esquema: rapidamente eu abria o capô do carro e colocava água que estava nas garrafas no recipiente de água do motor, enquanto o Jair acelerava para não deixar o carro morrer. Assim, trocávamos a água quente pela fria e o carro andava mais alguns quilômetros. Nisso, o carro morreu de novo e um caminhão guincho da Nova Dutra parou atrás da gente. O Jair foi conversar com o motorista, que falou que eles só podem acompanhar ou levar o carro até o próximo posto de gasolina. Então, como estávamos numa descidinha o carro funcionou e o guincho nos seguiu até o próximo posto. O próximo posto era justamente o que dá acesso a estrada da cidade de Canas (o famoso túnel estreito e baixo que só passa um carro por vez). Lá, tentei ligar do celular para alguém e não consegui, não sabia fazer uma ligação interurbana a cobrar, então, fui no orelhão (e lá aprendi como ligar) e liguei a cobrar pra casa da minha mãe, avisando o Eder do ocorrido. Ele perguntou o que iríamos fazer, se queria que ele fosse nos buscar e eu falei que não sabia ainda o que faríamos e que qualquer coisa, ligaria mais tarde pra ele. Então, ele teve a ideia de ligar para o Saulinho (meu primo que mora em Guaratinguetá, cidade vizinha a Canas), mas não conseguiu. Liguei depois e falei que daríamos um jeito.

Mais uma hora parados e o carro funcionou. Coloquei água e fomos até o próximo posto e repetimos esse procedimento diversas vezes. Arrumamos mais garrafas e em todo posto que parávamos o frentista perguntava onde estava a tampa do reservatório de água e eu tinha que explicar que deixamos aberto de propósito. Depois da meia noite, muitos postos fecharam e parávamos mesmo assim, entrávamos nos postos procurando a torneira, mangueira ou regador mais próximo. E o carro estava esquentando cada vez mais rápido e então, só o meu esquema de ''Pit Stop'' não adiantava mais. Minha mãe passou a me ajudar a encher as garrafas quando precisava esvaziar duas delas, o Jair acelerando o carro e mesmo assim, o carro morria em algumas paradas e em outras tínhamos que empurrar. Nessa hora minha mãe me fez rir falando assim: ''- Nossa não dá não, ao invés do carro levar a gente, a gente que tá levando o carro''...

Paramos mais de 20 vezes entre postos de gasolina e acostamentos na estrada... Canas, Guaratinguetá, Aparecida, Roseira, Pindamonhangaba, Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, Jacareí...

Em São José, o carro esquentou muito e paramos em frente ao posto da Polícia Federal no acostamento da rodovia, onde havia uns 10 caminhões estacionados. Não tinha declive suficiente e minha mãe e eu ficamos com a língua pra fora de tanto empurrar o carro e não obter êxito. Então, o Jair teve a ideia de chamar o guincho da Nova Dutra, que chegou rapidamente.

O cara era o terceiro ''anjo da guarda'' da noite, que foi muito bacana com a gente. O carro foi guinchado e e eu fiquei em cima do caminhão guincho da Nova Dutra com as crianças dormindo. Minha mãe e o Jair foram na cabine do caminhão. Ainda bem que as crianças não acordaram, pois, o carro balançava e dava medo. O próximo posto era em Jacareí e o motorista foi muito legal nos deixando um posto à frente. Em determinado momento, ele parou em frente uma cabine da Nova Dutra e lá bateu na porta do carro e pediu para que eu me abaixasse quando passasse perto da polícia, porque eles não permitiam que pessoas fossem transportadas dentro do carro em cima do caminhão, mas abriria exceção por causa das quatro crianças dormindo dentro do carro. Ele nos informou que se fosse solicitada pela segunda vez o guincho, a PF nesses casos, acompanha o veículo e aplica multa por entender que o veículo não está em condições de trafegar nas estradas. E deu a dica para que não fossemos pela Mogi-Dutra e sim pela Mogi-Guararema, apesar das curvas e da serra, pois, a estrada era administrada pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem) e então, poderíamos acionar o caminhão guincho deles, que nos levaria até Mogi, já que nessa estrada não tem nenhum posto de gasolina, o próximo posto seria no bairro do Botujuru em Mogi...

Assim que o guincho nos deixou em Jacareí próximo a entrada da estrada Mogi-Guararema, colocamos água no carro, e na descidinha o carro funcionou... Na subidinha da serra, o carro esquentou e paramos para colocar água. Rapidamente coloquei água, o Jair acelerando sem parar, mas mesmo assim, o carro parou. Já eram 4:40h da manhã. Ligamos para o DER com o restinho da bateria do meu celular (tinha 1% de carga)... e ficamos mais uma hora na estrada esperando o resgate.

Fomos todos dentro do carro em cima do caminhão guincho. Em Botujuru, o caminhão nos deixou estrategicamente numa descidinha. Colocamos água e o Jair não deixou o carro morrer até chegar na casa da minha mãe... as malas dela ficaram dentro do carro, porque não podíamos desligá-lo e mal nos despedimos.

As crianças dormiam profundamente. E, enfim, chegamos em casa. Esgotados física e psicologicamente, com muito sono e cansaço, tristes, cabisbaixos, com uma sensação de derrota estampada no rosto, uma frustração tão grande que é difícil mensurar. Pela primeira vez, após 11 anos consecutivos, não passaremos o dia 10 de junho em Muquém, junto com a nossa família e amigos.


Tivemos que desistir da nossa viagem... tudo por culpa de um incompetente mecânico de uma oficina de renome aqui de Mogi (Mecânica Marcos), que nos cobrou R$ 5.200,00 para trocar algumas peças da Zafira. Passado um mês do conserto, constatamos um problema, levamos na oficina dele, que verificou e nos garantiu que não havia nada de errado... mas havia.

Fizemos tantos planos, tantas expectativas, já prevíamos as risadas que daríamos, os lugares que visitaríamos... a broa e o biscoito de polvilho que comeríamos batendo papo durante o café da manhã, as filmagens que faríamos, as milhares de fotos que tiraríamos, a panela de alumínio que só vende lá que minha compraria, a esperada primeira vez da Rafa e do Gui na festa, o passeio a cavalo que as crianças teriam, as milhares de vezes que pagaríamos para eles brincarem nos pula pulas, o pó da estrada, a visitinha na casa do primo do Jair (que descobrimos que mora lá há poucos anos atrás) as gargalhadas desenfreadas em torno das mesinhas nas barracas, os sorvetes cheios de abelhas que as crianças amam, a procissão que o meu pai tanto insiste para filmá-lo, o leilão de gados, os shows na praça, a cavalaria que encanta e assusta com seus cavaleiros exibidos, os micos dos primos, o sobretudo, a touca, a luva e o cachecol, o frio de rachar, as duas meias grossas que não esquentam o pé na bota nas madrugadas frias do Muquém, a queima de fogos tão linda e barulhenta, o solzinho frio das manhãs, o jogo de baralho dos baralheiros, a foto na frente da igreja, as musiquinhas chicletes que persistem durante dias e mais dias nas nossas cabeças, as tias e os parentes que só vemos uma vez no ano, enfim, hoje está sendo um dia dia muito triste pra mim. Um dia pra esquecer!

E agora, estamos literalmente a pé.

terça-feira, 3 de junho de 2014

BObom

Eu perguntando pra Isadora:
- Filha você quer comer uma fruta? Que fruta que você quer comer, fala pra mamãe?
Ela:
- ''BObom''
kkkkkk vê se pode uma coisa dessas não sabe nem falar direito e pedindo bombom.